quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O outro lado da moeda

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Nordeste terá 1ª indústria do Brasil de combustível feito com algas marinhas

Usina em Pernambuco vai produzir e vender biodiesel e bioetanol de algas.

Projeto tem investimento de R$ 19 milhões e reduz emissão de CO2.

O estado de Pernambuco, no Nordeste, deve receber a partir do último trimestre de 2013 a primeira planta industrial de biocombustível produzido com algas marinhas, que promete contribuir na redução do envio de CO2 à atmosfera.

O projeto, uma parceria entre o grupo brasileiro JB, produtor de etanol no Nordeste, e a empresa See Algae Technology (SAT), da Áustria, contará com investimento de 8 milhões de euros (R$ 19,8 milhões) para montar em Vitória de Santo Antão – a 53 km de Recife -- uma fazenda vertical de algas geneticamente modificadas e que vão crescer com a ajuda do sol e de emissões de dióxido de carbono (CO2)

Segunda a empresa, é a primeira vez no mundo que este tipo de combustível será fabricado e comercializado. Atualmente, a tecnologia só é desenvolvida para fins científicos. Laboratórios dos Estados Unidos e até mesmo do Brasil já pesquisam a respeito.



O sistema de iluminação da fazenda de alga concentra a luz do sol e a transmite por fibras óticas até reatores fechados, onde as algas realizam a fotossíntese (Foto: Divulgação/See Algae Technology)

No caso da usina pernambucana, o biocombustível será produzido com a ajuda do carbono proveniente da produção de etanol, evitando que o gás poluente seja liberado na atmosfera e reduzindo os efeitos da mudança climática.

De acordo com Rafael Bianchini, diretor da SAT no Brasil, a unidade terá capacidade de produzir 1,2 milhão de litros de biodiesel ou 2,2, milhões de litros de etanol ao ano a partir de um hectare de algas plantadas.

O produto resultante poderá substituir, por exemplo, o biodiesel de soja, dendê, palma ou outros itens que podem ser utilizados na indústria alimentícia aplicado no diesel -- atualmente 5% do combustível é biodiesel.

"É uma reciclagem [do CO2 emitido] e transformação em combustível. Um hectare de algas consome 5 mil toneladas de dióxido de carbono ao ano. O CO2, que é o vilão do clima, passa a ser matéria-prima valorizada", explica Bianchini.

Mas como funciona?
Em vez de criações de algas expostas, a SAT planeja instalar módulos fechados com até cinco metros de altura que vão receber por meio de fibra óptica a luz do sol (capturada por placas solares instaladas no teto da usina). Além disso, há a injeção de CO2 resultante do processo de fabricação do etanol de cana.

De acordo com Carlos Beltrão, diretor-presidente do grupo JB, a previsão é que projeto comece a funcionar a partir de 2014 e seja replicado para outra unidade, instalada em Linhares, no Espírito Santo. "Hoje nossa missão é tentar trabalhar e chegar ao carbono zero. Nós produzimos CO2 suficiente para multiplicar esse investimento em dez vezes", disse Beltrão.

O biocombustível de algas ainda precisa ser aprovado e validado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).



Bioquímicos de algas geneticamente modificadas ajudam a reduzir as emissões de carbono para a atmosfera (Foto: Divulgação/See Algae Technology)

Bioquímicos
Além dos combustíveis, outros produtos resultantes do processamento de algas marinhas geneticamente modificadas são os bioquímicos como o ácido graxo ômega 3, utilizados pela indústria alimentícia e de cosméticos

O ômega 3, que contribui para reduzir os níveis de colesterol no corpo humano e combate inflamações, é normalmente encontrado em óleos vegetais ou em peixes.

Com a extração desse ácido das algas processadas e comercialização com empresas brasileiras, Bianchini espera contribuir com a redução da pesca de espécies marinhas que já sofrem com o impacto das atividades predatórias. "Seria uma alternativa para reduzir a sobrepesca e também para não haver mais dependência somente do peixe", disse.

Fonte: Eduardo Carvalho Do Globo Natureza, em São Paulo

Anatel inicia medição de velocidade de banda larga no país

Agência exige que empresas entreguem no mínimo 20% da velocidade contratada. Rio de Janeiro será o primeiro estado a participar das medições.

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) começou nesta quinta-feira (1º) a fazer as medições para aferir a qualidade da banda larga móvel.

De acordo com a agência, o Rio de Janeiro será o primeiro estado a participar das medições. O estado contará com 137 medidores distribuídos em diversos pontos de seu território.

O início das medições coincidem com a exigência da Anatel de que as empresas entreguem, no mínimo, 20% da velocidade contratada pelos usuários de internet.

A Anatel indica o site Brasil Banda Larga para que os clientes façam testes do serviço que contrataram e vejam se estão recebendo a velocidade exigida.

A ação faz parte de uma ofensiva da agência para melhorar a qualidade dos serviços de banda larga no país e deve seguir o cronograma abaixo, que vai até 2014.

Para fazer a medição é instalado um equipamento, denominado "whitebox", junto ao modem ou roteador do usuário. Ele precisa apenas estar ligado para enviar informações sobre a qualidade da conexão para a agência.

Entre agosto e setembro, foram feitos testes no Rio de Janeiro, motivo pelo qual a implementação do projeto terá início nesse Estado.
 
De acordo com a Anatel, outros Estados receberão os equipamentos gradativamente. A expectativa é que, até junho de 2013, eles estejam distribuídos em todo o Brasil.

As medições incluirão as operadoras Vivo, Oi, Claro, Tim, Algar (CTBC) e Sercomtel.
Em todo o País, serão instalados 3,8 mil medidores. O número ainda pode ser ampliado.

Inscrição
Para participar do projeto, o voluntário deve se inscrever no site Brasil Banda Larga. Em seguida, deve fazer o teste de velocidade da conexão, conforme as orientações encaminhadas, por e-mail, pela entidade aferidora da qualidade.

De acordo com a Anatel, é fundamental que o teste seja realizado a partir de um computador ligado à internet por meio da conexão informada durante a inscrição.
 
Os usuários que cumprirem essa etapa e aceitarem os termos e condições do projeto participam de sorteio para a escolha dos voluntários que receberão o whitebox.

Caso não receba e-mail com link para o teste de velocidade, o usuário deve verificar sua caixa de spam ou entrar em contato com a EAQ pelo endereço suporte@brasil bandalarga.com.br
 
Os selecionados para participar do programa não terão qualquer ônus para a instalação dos equipamentos e não serão remunerados pelo serviço.

Uma vez instalado, basta ligar o equipamento de medição ao modem ou ao roteador e deixá-lo funcionando.

Segundo a Anatel, o equipamento não coleta qualquer informação pessoal, nem interfere ou monitora a navegação do usuário.

Além de colaborar para a aferição da qualidade da banda larga, cada voluntário receberá relatório mensal com dados relativos à qualidade do serviço em sua residência ou empresa.

Fonte