sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Polícia de Itápolis intercepta ligações e flagra negociações entre traficantes

Gravações da polícia entre traficantes revelaram a venda e a distribuição de drogas no interior de São Paulo. O chefe da quadrilha está preso e a mãe dele passou a coordenar o esquema.
 
Vinte e seis pessoas foram presas, sendo nove menores. Nas gravações, autorizadas pela Justiça, a polícia descobriu que o esquema envolve inclusive a mãe do chefe da quadrilha, Anderson Alexandre de Sousa.
 
Anderson: “Você não sabe nem quanto que te entregaram lá na sua mão, mãe? Pelo amor de deus, também meu”.

Mãe do Anderson: “O cara chegou lá e falou: ‘vim trazer essa moeda que o seu filho mandou’. Peguei e subi lá rapidinho’.

Anderson – “Pelo amor de Deus. A gente tem que contar com os outros da rua, mas não pode contar com a nossa própria família. É isso que me mata, mano. É isso que me mata”

Neste trecho preso e traficante negociam a venda de droga:

Anderson: “A parada é séria, não é brinquedo não, tio. É tóxico, parceiro, é entorpecente, não é bala, não é doce não, tio. Leva o bagulho na seriedade aí”.

Traficante: “Daqui pra frente eu vou chegar já. Vou tá chegando pra vocês com a moeda aí, irmão".

Anderson: “Eu vou falar pra você, mano, aí, leva o crime mais na seriedade, aí, tio”.

O preso reclama da lentidão dos traficantes para vender a droga.
 
Anderson: “Tá quase vencendo o prazo aí que eu te dei aí”.

Traficante : “Mas na mesma medida que eu tô comprando eu tô vendendo. Só que tá difícil. Tem um monte aqui junto comigo na biqueira que vende aqui junto comigo”.

Anderson fala que está sempre disponível, mesmo dentro da penitenciária.

Anderson: “Se eu não tenho dinheiro, eu tenho meu telefone, eu tenho as minhas ‘comunicação’ pra trocar umas idéias de maloqueiro a hora que "vim" na linha comigo”.

Foram três meses de investigação. Os acusados foram autuados em flagrantes por associação para tráfico e tráfico de drogas e, se condenados, podem pegar até 15 anos de prisão.

“Nós estamos tentando localizar alguns envolvidos. Se conseguirmos prender essas pessoas, eles também serão autuados”, declarou o delegado Luís Carlos Agudo.





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